sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Em memória de Ismarc

Ontem pela manhã recebi o telefonema de Neto dizendo sem certeza que Ismarc tinha sofrido um infarto e que estava entre a vida e a morte na Ecoclínica, que fica perto de onde trabalho. Peguei o carro e estacionei na Primeira Igreja Batista de João Pessoa, onde congrego e onde congregava Ismarc.

Cheguei lá com a impressão de que era algo sério, mas não imaginava que seria mesmo o fim para meu amigo. Perguntei se havia alguma novidade sobre seu quadro e me disseram que ele havia falecido na sala de espera da clínica. Tinha sido um infarto fulminante. Por mais que os médicos tentassem reanimá-lo, era tarde demais. Ele tinha 31 anos.

Minha respiração e meu coração aceleraram. A "ficha" demorou a cair. Sexta-feira eu estava brincando com Ismarc. Dizia que ele estava enrolando Sandrinha e que já estava demorando demais para sair o casamento. Ele levou na esportiva. Sempre muito brincalhão, amigo de todo mundo, calmo pra caramba, um cara legal demais. Eu nunca imaginei que ele tivesse qualquer problema cardíaco. Mas não cai uma folha sem que Deus permita e assim como é soberano para dar vida, é soberano para tirá-la. Ismarc deve ser enterrado hoje em Campina Grande. Sequer pude vê-lo no velório.

Antes de dormir coloquei o DVD da peça Um por Todos para ver Gestas novamente. Ismarc interpretou o "mau ladrão" no espetáculo que encenamos juntos na Páscoa de 2007. Lembro que durante os ensaios, o texto dele estava sempre na ponta da língua. Ele tinha dessas coisas: se dedicar com afinco a uma tarefa.

Hoje pela manhã fiz minha meditação bíblica e como sempre usei o livro Nosso Pão Diário. O trecho para ser lido era 2 Coríntios 1:3-11. Tem muita gente que acredita em coincidência. Eu digo que até as coincidências recebem o aval do Senhor. Lá estava o texto que eu precisava ler e que se contrapõe ao estado "inconsolável", como Paulinho definiu Sandrinha. Há consolação! Graças ao amor infinito de Deus, cremos nesta consolação que não esgota e que compreende o que não entendemos. Meu amigo pode ter morrido para os registros deste mundo, mas está vivo com o Pai. Um dia nos reencontraremos. Como Paulo declarou aos filipenses: estar com Cristo é incomparavelmente melhor.

2 comentários:

Juliane disse...

É breninhu, o nosso amigo Ismarc foi pra glória. E com Pai está! Fico me perguntando quanto tempo eu terei, qual será minha missão aqui, por certo, Ismarc já cumpriu a dele. Mas o que nos choca é ver a nossa dor com a perda repentina dele. Os sonhos humanos dele serem acabados.
Mas deixo uma menssagem principalmente a Sandrinha: que o SONHO da gente, que estamos vivos, por enquanto não acabou.
Paz para todos e bonito texto Breno.
Saudades.

::: Luís Venceslau disse...

Lamento pelo teu amigo, Breno. A vida é muito frágil, e a gente pensa q td mundo é eterno, inclusive a gente.

Mas eu ia dizer q finalmente tu "se encontrou" no ramo dos blogs. Esse teu aqui tinha td pra virar uma coluna. Isso acontece qdo o estilo e o tema estao bem amarrados, coesos. É oq eu acho.

E Deus não tem nada a ver com a morte de ninguém. Talvez com a vida, com morte, duvido.. hehehe